Segundo a Greenpeace, a produção têxtil global duplicou entre 2000 e 2017 sendo a fast fashion a principal responsável para este aumento.
Este setor tem um grande impacto ambiental, especialmente químico, pois na sua produção são utilizadas grandes quantidades de corantes, aditivos e estabilizadores no tratamento dos tecidos.
De forma a diminuir este impacto, marcas como a Puma e a Nike têm retirado alguns destes químicos do seu processo de produção, para serem mais sustentáveis.
Têm ainda surgido alternativas aos tecidos convencionais mais amigas do ambiente:
À base de plantas
Com o aumento do veganismo têm surgido alternativas aos artigos de pele. O Piñatex é produzido a partir de folhas de ananás dando origem a um têxtil natural de tecido não-tecido.
Nas Filipinas, as plantações de ananases já ocupam mais de 10% do solo agrícola. A fibra da banana também é utilizada para sacos de chá, pneus e até para as notas japonesas Yen.
Leite para têxteis médicos
A marca QMILK está a tornar o leite que não é vendido dos agricultores alemães num tecido sem químicos com propriedades antimicrobianas. É um tecido apropriado para têxteis médicos incluindo campos cirúrgicos e fitas, onde os descartáveis produzem mais de 80% de resíduos do que os reutilizáveis. No entanto, o ciclo de vestuário do tecido QMILK atualmente leva pelo menos dois anos desde o desenvolvimento até à sua venda, exigindo maior investigação.
As inovações no setor sustentável da indústria têxtil expandiram o mercado. Passou a ir além do fabrico de algodão, poliéster e nylon.
No entanto, devido à complexidade e aos custos elevados da produção destes novos têxteis, é necessário um maior desenvolvimento antes de se tornarem mais populares. A Confederação da Indústria Britânica concluiu que a moda ética apesar de suscitar grande interesse, ocupa apenas 1% do mercado de roupas da Europa. No entanto, este número está a aumentar.
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