Com a vida a demonstrar sinais de regressar a alguma normalidade na China, é possível analisarmos o impacto da Covid-19 nos hábitos de compra do país mais populoso do mundo.
No mercado chinês, os millennials, em particular, têm um elevado poder de compra, mas o mercado teve de se adaptar à nova realidade. Quais foram as principais alterações?
Mobile
O tempo de utilização do telemóvel subiu durante este período, passando de uma média de 6 horas por pessoa por dia em janeiro de 2020, para mais de 7 horas. O m-commerce registou um aumento sobretudo na compra de produtos alimentares, medicamentos e produtos de limpeza.
Plataformas O2O (online-to-offline)
Assistir os consumidores online numa loja física através de vídeo, apesar de não ser uma novidade, tornou-se cada vez mais popular. Teremos de esperar para ver se será uma tendência que irá permanecer à medida que as pessoas forem ganhando liberdade.
Tecnologia
Durante este período algumas marcas tiraram o melhor partido da tecnologia para reinventarem o seu modelo de negócio. Algumas marcas ofereceram experiências de realidade virtual que permitiam a compra de produtos, enquanto outras realizaram lives no Instagram que permitiam que os consumidores fizessem screenshots de produtos e efetuassem a sua compra.
Marcas de luxo
Algumas marcas de luxo tinham resistido ao e-commerce até agora, mas a Covid-19 fez com que dessem esse passo. A Prada juntou-se à plataforma e-commerce Tmall e a marca francesa Lanvin numa parceria com a plataforma e-commerce Secoo realizou um livestream da coleção outono/inverno 2020 com a função de “ver e comprar agora” incorporada.
Solidariedade
Os consumidores passaram a demonstrar maior solidariedade com as marcas do seu país, demonstrando maior interesse na sua compra como apoio à economia local.
Sustentabilidade
As compras sustentáveis registaram um aumento na China, acompanhando a tendência global de compras em marcas que tenham responsabilidade ética.
Vingança de consumo
Com um aumento de liberdade, os consumidores chineses estão a registar um maior número de compras, a designada “vingança de consumo” pelo tempo em que estiveram “fechados” e pela vontade de terem uma vida normal sem restrições.
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